sexta-feira, 30 de março de 2018

CRIAÇÃO DA TÉCNICA

Segundo um livro de Stephen Paget intitulado Surgeryofthe Chest do ano de 1896 relata que, ‘’ a cirurgia cardíaca provavelmente tenha atingido seus limites, logo que nenhum método novo e nenhuma descoberta poderia ultrapassar as barreias externas do coração’’. Entretanto. no próximo século surgiram muitas equipes de cirurgiões interessados em tratar ferimentos cardíacos, defeitos vasculares e intracardíacos e que se empenharam para desenvolver uma maquina coração-pulmão.
O primeiro relato em 1937 de Graybiel, Streider e Boyer que realizaram uma ligadura do canal arterial em um paciente de 22 anos endocardite bacteriana, o paciente faleceu dias após. Em 1939 Rober E. Gross e Jhonn P. realizaram o mesmo procedimento um uma menina de 7 anos, esse com sucesso, já em abril de 1951 o Dr Clarence Dennis desenvolveu um equipamento cirúrgico usado para fechar um defeito do septo interatrial em um paciente de 6 anos infelizmente o paciente faleceu dias após o procedimento. Mas foi em 1953 no dia 6 de maio que o Dr John Gibbon e sua esposa Mary Gibbon ficaram conhecidos no mundo inteiro por realizarem a primeira cirurgia cardíaca utilizando a máquina de circulação extracorpórea com sucesso, ela foi realizada no hospital General Massachustts uma paciente de 18 anos portadora de um defeito do septo interatrial, o doutor Gibbon estava engajado nas pesquisas sobre oxigenadores desde de 1937, apesar do feito realizando ainda mais cinco cirurgias semelhantes abandonou a área. Na década de 50 vários pesquisadores se dedicavam na reprodução dessa famosa máquina que expandiu os horizontes da cirurgia cardíaca.
O Brasil entra neste contexto através de Hugo Felipozzi, que após um período de estágio nos Estados Unidos retornou com intenção de reproduzir em seu país as novas inovações vista em Chicago, na intenção de construir está máquina coração-pulmão usou de todos os recursos possíveis, mas ao perceber a dimensão dos custos para importar um equipamento como este para o Brasil, reuniu todos os relatos, desenhos, fotografias e alguns equipamentos trazidos de fora, e através de uma combinação de trabalho intensivo conseguiu por meio da criação de um instituto a implantação desta nova modalidade que era responsável pela oficina experimental para a fabricação de equipamentos, teve papel importante na padronização dos aparelhos e sistematização das técnicas de circulação extracorpórea em nosso país, e em 1975 iniciou-se a fabricação de oxigenadores descartáveis dentro da circulação extracorpórea tendo grande reconhecimento e importância.
Concluímos com mais um trecho de Le Gallois em 1812, ‘’ se fosse possível substituir o coração por uma forma artificial de bombeamento do sangue, não seria difícil manter vivo, por um tempo, qualquer parte do organismo’.



Fontes: http://publicacoes.cardiol.br/caminhos/017/default.asp
http://publicacoes.cardiol.br/caminhos/017/default.asp

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